domingo, 2 de outubro de 2011
Eu sempre conversei mentalmente com você durante todos esses anos. Anos os quais você recusava nosso diálogo educadamente enquanto eu amava por dois. Você não faz idéia do quanto isso dói! Triste mesmo é saber que eu depositei toda ilusão de uma vida em um banco onde você nunca sequer quis ter o acesso. E eu lastimavelmente descobri isso tão tarde que nem pude demonstrar e te devolver na mesma moeda cada centavo desse sofrimento. Estive tão apática com você por um tempo que tive a leve impressão que você poderia ter mudado. Não por mim, claro! Isso você nunca faria simplesmente porque eu nunca mereci.
Sigilosamente, eu ainda considero minha a culpa que nos fez ficar tão distantes. Ok, eu posso assumir: pouca parte é sua… Ou nossa como preferir. Reconheço a condição que me encontro e sei que é um erro permanecer assim. Sabe o que eu não reconheço mais? Você! Onde foi para aquele sujeito que me mandava mensagens de madrugada só pra dizer que a 10min atrás havia sonhado comigo, hein? Diga-me onde foi e traga-o de volta. Aliás, não sei se estou pronta para outra dose de amor. Ainda mais, vindo de você.
Se você ainda não sabe, eu entrei em descompasso comigo mesma e com o resto do mundo. Provavelmente você não saiba o que isso quer dizer, mas se soubesse, sei que estaria ao meu lado segurando minhas mãos. Nunca entendi sua falta de sensibilidade e agora eu nem sei se tenho forças para tentar entender. Por fim, desejo de todo coração que você consiga alguém suficientemente cruel que te ensine o poder por trás do “amar por dois”. Porque eu, meu bem, cansei!
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