domingo, 9 de outubro de 2011
CALCINHA DE ALGODÃO EGÍPCIO (FIO, CUEQUINHA, NORMAL) |
domingo, 2 de outubro de 2011
Não sei bem se tem a ver com o meu lado autora, mas tenho fascínio por desconhecidos. Quando viajo de ônibus, por exemplo, gosto de ficar imaginando a vida das pessoas que passam em segundos por mim. Arrumo briga mas fico sempre na janela, observando de longe o comportamento de cada uma delas. Ruas de pedras amareladas e cidades com pequenas praças vazias. Senhoras na janela vendo a vida passar. Crianças na calçada sorrindo e gritando. Homens bebendo em um bar e atentos a TV, é gol?
É tudo tão igual, e ao mesmo tempo, tão particular. Cada expressão. Cada esquina. Sinto que por instantes, poderia decifrar olhares e criar novos destinos. Será que tudo isso é efeito do Dramin?
Certa vez vi uma menina sentada na escada de uma casa azul simples que ficava em uma pequena cidade, provavelmente ainda menor que a minha e de nome desconhecido. Seu olhar parecia distante. Quando a vi, senti na hora um aperto no peito. Como se algo nela doesse dentro de mim. Percebi em seu olhar que ia em direção ao ônibus, uma vontade de não estar naquele lugar. Prisão sem grande, estradas.
Talvez ela quisesse subir naquele ônibus e seguir caminho junto comigo em busca dos seus sonhos. Ou sei lá, que uma pessoa especial sentada na poltrona ao lado pedisse pro motorista parar a qualquer custo, e descesse só pra dizer três palavras bestas que mudariam tudo. Enquanto imaginava tudo isso, senti pena. Pobre garota.
Algumas quilômetros depois, vendo as enormes montanhas típicas da região onde moro, e me sentindo como sempre um pequeno grão de areia no mundo, já bem longe daquela pequena cidade, percebi o quanto estava errada ao sentir pena e imaginar tantas coisas da menina. O planeta é tão grande, as pessoas podem querer tanta coisa para suas próprias vidas. É egoísmo demais imaginar que todo mundo sente e pensa da mesma maneira que eu. Talvez eu faça isso na vida real, no universo além de desconhecidos em viagens de ônibus.
Acho que as vezes é difícil entender que cada pessoa tem um propósito de vida diferente. Por mais que a gente imagine, suponha e torça, não podemos decifrar o que o outro realmente quer. Muito menos, ditar. É isso que dói, mas é essa a graça. Acredito que se soubéssemos tudo que se passa no coração de quem a gente ama, deixaríamos de amá-lo no mesmo instante. A graça é ir descobrindo pouco a pouco, da janela do ônibus, abraçados na cama ou estudando pra prova impossível de matemática. Aceitar as diferenças. Amá-las.
Então, Por favor, senhorita expectativa não espere que as pessoas sejam como nos filmes ou novelas. A vida real não tem roteiro. Não somos divididos por mocinhos, vilões e figurantes. Existem vários personagens dentro de nós. A gente é que ao acordar, escolhe qual vai ser.
Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Outro dia li o comentário de alguém que dizia que o casamento é uma armadilha: fácil de entrar e difícil de sair. Como na guerra.
Aí fiquei lembrando dos desfiles de veteranos de guerra que a gente vê em filmes americanos, homens uniformizados em suas cadeiras-de-roda apresentando suas medalhas e também suas amputações. Se o amor e a guerra se assemelham, poderíamos imaginar também um desfile de mulheres sobreviventes desse embate no qual todo mundo quer entrar e poucos conseguem sair – ilesos. Não se perde uma perna ou braço, mas muitos perdem o juízo e alguns até a fé.
Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu, e sim do que não lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão.
Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida.
Há os que amaram uma vez em silêncio, sem se declararem, e trazem dentro do peito essa granada que não foi detonada. Há os que se declararam e foram rejeitados, e a granada estraçalhou tudo por dentro, mesmo que ninguém tenha notado. E há os que viveram amores ardentes, explosivos, computando vitórias e derrotas diárias: saem com talhos na alma, porém mais fortes do que antes.
Há os que preferem não se arriscar: mantêm-se na mesma trincheira sem se mover, escondidos da guerra, mas ela os alcança, sorrateira, e lhes apresenta um espelho para que vejam suas rugas e seu olhar opaco, as marcas precoces que surgem nos que, por medo de se ferir, optaram por não viver.
Há os que têm a sorte de um amor tranquilo: foram convocados para serem os enfermeiros do acampamento, os motoristas da tropa, estão ali para servir e não para brigar na linha de frente, e sobrevivem sem nem uma unha quebrada, mas desfilam mesmo assim, vitoriosos, porque foram imprescindíveis ao limpar o sangue dos outros.
Há os que sofrem quando a guerra acaba, pois ao menos tinham um ideal, e agora não sabem o que fazer com um futuro de paz.
Há os que se apaixonam por seus inimigos. A esses, o céu e o inferno estão prometidos.
E há os que não resistem até o final da história: morrem durante a luta e viram memória.
Todos são convocados quando jovens. Mas é no desfile final que se saberá quem conquistou medalhas por bravura e conseguiu, em meio ao caos, às neuras e às mutilações, manter o coração ainda batendo.
Eu sempre conversei mentalmente com você durante todos esses anos. Anos os quais você recusava nosso diálogo educadamente enquanto eu amava por dois. Você não faz idéia do quanto isso dói! Triste mesmo é saber que eu depositei toda ilusão de uma vida em um banco onde você nunca sequer quis ter o acesso. E eu lastimavelmente descobri isso tão tarde que nem pude demonstrar e te devolver na mesma moeda cada centavo desse sofrimento. Estive tão apática com você por um tempo que tive a leve impressão que você poderia ter mudado. Não por mim, claro! Isso você nunca faria simplesmente porque eu nunca mereci.
Sigilosamente, eu ainda considero minha a culpa que nos fez ficar tão distantes. Ok, eu posso assumir: pouca parte é sua… Ou nossa como preferir. Reconheço a condição que me encontro e sei que é um erro permanecer assim. Sabe o que eu não reconheço mais? Você! Onde foi para aquele sujeito que me mandava mensagens de madrugada só pra dizer que a 10min atrás havia sonhado comigo, hein? Diga-me onde foi e traga-o de volta. Aliás, não sei se estou pronta para outra dose de amor. Ainda mais, vindo de você.
Se você ainda não sabe, eu entrei em descompasso comigo mesma e com o resto do mundo. Provavelmente você não saiba o que isso quer dizer, mas se soubesse, sei que estaria ao meu lado segurando minhas mãos. Nunca entendi sua falta de sensibilidade e agora eu nem sei se tenho forças para tentar entender. Por fim, desejo de todo coração que você consiga alguém suficientemente cruel que te ensine o poder por trás do “amar por dois”. Porque eu, meu bem, cansei!
Sempre acreditei que o amor é bem mais do que três palavras bonitas que fazem tudo ficar bem ou parecer certo no fim do dia. Tem a ver com olhar para o outro, e enxergar um lugar desconhecido dentro de nós. Perceber então que entre um órgão e outro, existe algo que não podemos explicar. Nem os cientistas, nem os religiosos, e nem nós, escritores.
Amor não é sinônimo de posse. A presença embora importante, sozinha, não traz felicidade. Ninguém vive preso a ninguém pra sempre. Precisamos mais do que "qualquer coisa" pra dormir com a certeza de que valeu a pena tanto esforço e sacrifício.
Sabe de uma coisa? Nós nunca vamos entender o amor, justamente porque não podemos controlá-lo. Seja dentro, ou fora de nós. Cada um vai crescer, e aprender sozinho, como sobreviver a ele. Alguns vão se casar como nos contos fada e ver algum dia, os filhos se formando na faculdade, outros vão passar a vida sentados em um bar, revivendo momentos que nem existiram de verdade.
Ao contrário do que dizem por aí, o amor não tem um final certo e feliz. Hoje você vai sorrir e escrever uma carta de amor, mas amanhã quem sabe, ele pode te fazer chorar mais do que qualquer outro dia. Vai saber.
sábado, 1 de outubro de 2011
"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada.
Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa.
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí?
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"
Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa.
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí?
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"
Meu tipo preferido de gente é aquela que espirra engraçado, que ri com a mão na barriga, que canta e dança qualquer música... Aquele tipo de gente que tropeça e finge que tá correndo, que sai de pijama na rua, que acorda rindo. Gente que não planeja tudo. Gente que pede "licença", que diz "obrigado", que pede "desculpas", que "chora" assistindo filme... Aquele tipo de gente que é muito sincera, mas sabe... quando e como falar, aquele que conversa olhando nos olhos. Aquela gente que diz que te ama,que lê as coisas no elevador, que conta piada, que joga conversa fora, que te organiza uma festa surpresa... Aquele tipo de gente que te faz sorrir, que te faz sentir importante. Aquele tipo de gente que não tem vergonha de ser feliz!
“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
Estou me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Estou me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Estou aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Estou me dedicando de verdade pra agradar outro alguém. Estou trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só estou querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Estou feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.
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